Uma bela foto, um quadro especial, a Arte transforma os ambientes, e pensando nisso a Janela Aberta convidou a artista paranaense Luciana Petrelli para expor e disponibilizar suas obras aqui na loja.

 

Em entrevista com Luciana Petrelli conseguimos descobrir um pouco mais de seu trabalho, sua trajetória, suas inspirações e pesquisa, conheça agora um pouco mais sobre Luciana Petrelli:

 

Nascida em Curitiba, apaixonou-se por fotografia muito cedo e pelo hábito paterno aprendeu que bons momentos devem ser registrados. Em família sempre foi assim, o pai um aficionado por memórias, construiu esta relação dentro do grupo familiar. Fotos e gravações em super 8 foram constantes no desenvolvimento da artista, que pela convivência tornou-se apaixonada.

“Tenho na memória passeios por paisagens intermináveis que mais pareciam continuas, interrompidas apenas pelas cantorias desafinadas e engraçadas da família. Assim fui me acostumando com as imagens, até porque de fato, ninguém entre nós seguiu outra atividade artística, a não ser das imagens ou da palavra.”

 

Desde cedo Luciana Petrelli fotografou, ainda em Curitiba com amigos. Os registros eram feitos por ela ou por uma grande amiga, que também se tornou fotógrafa, a amiga  seguiu a carreira jornalística e Luciana Petrelli se dedicou a assessoria.

 

Fez faculdade de Comunicação Social na PUC Rio de Janeiro com a intenção de ser fotógrafa profissional, no entanto, na época a formação era em jornalismo e a fotografia era apenas uma matéria, assim afoita e envolvida com cultura, com amigos na música e no teatro, foi parar nestes locais, onde a alegria dela, foi muito bem recebida.

Nos anos de 1978 no Rio, existia uma cena cultural efervescente, e na área da fotografia havia um bom espaço para produzir.

“Fotografei muitos espetáculos de teatro, eventos culturais, lançamentos de livros, shows e exposições. A Produtora Rodrigo Faria Lima, me contratou para fotografar todos os eventos produzidos por eles, fazia naquele tempo o que hoje conhecemos como a profissão como assessoria de imprensa, com texto e fotos enviadas para jornais e revistas.”

 

“Entre os eventos que fotografei tive o privilégio de estar presente na reinauguração do Teatro João Caetano, o teatro mais antigo do Rio de Janeiro com atores como Paulo Gracindo, Paulo Goulart e Paulo Autran. Foi uma peça de grande repercussão e lá estava eu no auge dos meus 20 anos, fotografando para veículos como Manchete e Jornal do Brasil, entre os feras da época.”

 

Em 1981 Luciana voltou à Curitiba e foi para a Fundação Teatro Guaíra e dos palcos da Fundação teve como personagens a mímica Denise Stoklos com quem ela pôde conviver e conhecer de perto seu trabalho.

 

“Na época ela estava recém chegando de Londres e ainda não tinha muito ideia do tamanho de sua capacidade, muitas conversas pudemos ter nos break dos ensaios.”

 

Ainda no teatro Luciana Petrelli se tornou a fotógrafa oficial do Corpo de Baile do Teatro Guaíra, ou seja, do Ballet Guaíra, sob a direção do Português Carlos Trincheira, e integrada ao grupo, realizamos o Circo Místico. Sob sua direção viajamos pelo Brasil, e a sua fotografia além de servir como documento, fora utilizada para melhorar a qualidade dos bailarinos.

 

“Assim fui me envolvendo com arte e imagem.”

 

As exposições aconteceram como forma de apresentação dos trabalhos, na época Luciana ainda não tinha claro um caminho na direção da arte e sim nas exposições sobre os trabalhos desenvolvidos, ou seja, não havia uma reflexão maior sobre a fotografia, o que hoje é além de presente, essencial.

No currículo da fotógrafa encontramos marcos como:

1976 – Inicia sua relação com a fotografia quando fez o curso de fotografia em preto e branco na Fnac – Paris.

1977 –  Estuda na PUC – Rio, onde continua seus estudos de Comunicação Social.

1979 – Faz sua primeira exposição chamada Insanidade no Bar do Arnaldo no Rio de Janeiro. A exposição fala de uma realidade mágica das mulheres e seus mistérios.

1980 – De volta a Curitiba, fotografa o Ballet Guaíra, resultando na exposição “Momentos” em mostra itinerante por Curitiba, Florianópolis, Salvador e São Paulo. Posteriormente como autônoma desenvolve paralelamente trabalhos comerciais e autorais.

1981 e 1982 – participa do Salão Paranaense.

1983 – Realiza trabalho para o Jornal de Santa Catarina com a edição e ampliação da mostra “julho/83” retratando a enchente no Vale do Itajaí. No mesmo ano participa da 1a Mostra Foto Sul, realizada pela Funarte em Curitiba.

1984 – Participa da 1a coletiva de Fotógrafos Latino-americanos em Cuba durante o Colóquio Latino Americano de Fotografia, juntamente com Cássio Vasconcelos, Juca Martins, Walter Firmo e Ângela Magalhães como curadora.

1985 – Junto com Alberto Melo Viana, João Urban, Orlando Azevedo, Vilma Slomp, Lucília Guimarães, Beatriz Correa entre outros, participa ativamente do movimento fotográfico em Curitiba, que levou esta capital do Paraná ao cenário nacional, com a realização da Semana nacional de Fotografia, da Funarte, em 1986.

1987 – Abre o Estúdio Fotográfico com Zig Koch, começa a trabalhar na Gazeta do Povo em Curitiba, e trabalha como produtora e diretora de fotografia para a TV Manchete.

1991 – Estuda Eco Turismo na Costa Rica na ULACIT Universidade Latino Americana da Costa Rica

1991 a 2007 – Trabalha com fotografia comercial com o objetivo de promover o eco turismo e a hotelaria do Município de Gov. Celso Ramos em SC.

1997 a 2004 – Durante o período em que trabalha com eco turismo em SC, idealiza e produz, com Flávia Fernandes, o Festival de Arte Contemporânea  de Governador Celso Ramos, criando oficinas de fotografias e artes visuais.

2010 – Foi contratada pela empresa de RIC de Comunicação para trabalhar no Instituto RIC de Atitude Social desenvolvendo projetos de arte e educação com o objetivo de fomentar a prevenção à saúde.

2013 – Realizou a exposição “ Vestígios e Vertigens” no espaço Coletivo Arte e Comunicação.

2013- Foto da bailarina Rita Pavão faz parte do acervo do Museu Oscar Niemeyer.

2013/2014 – Participou da Mostra Coletiva de Fotografias no Museu de Imagem e Som de Santa Catarina.

2014 – Realizou em Curitiba na Momentum exposição do “Vestígios  e Vertigens”.

2014- Participou da Mostra Multicor no Museu da Escola em Florianópolis.

2015- Criação do Circuito Galeria de Fotografias

2015- Exposição da trilogia “A ILHA DE CADA UM” no Circuito Galeria, primeira etapa “A ILHA QUE HABITAMOS”, segunda etapa “OUTRAS ILHAS”

2016- Terceira etapa “A ILHA QUE SOMOS”

Atualmente, dedica-se a projetos de inclusão pela fotografia, ligados à saúde e à educação.

“A fotografia costuma ocupar um espaço na minha rotina como sinalizadora de emoções, tornando-se um estímulo à observação. Com o olhar atento às possibilidades tornam-se melhores e há estímulo à criação de imagens, que muitas vezes deixam impressões na mente de quem as vê.”

 

“A fotografia se faz pela presença ou ausência da luz, aliada ao movimento abrupto ou contínuo, são escolhas que cada fotógrafo faz para contar suas pequenas histórias.”

 

“Para mim a fotografia está aliada à poesia, como um Haikai, breve e intrigante, provocando aquele que a vê para estar por mais tempo a olhá-la.”

 

Algumas pesquisas fotográficas:

 

– Histórias humanas através de vestígios de ruínas urbanas que já abrigaram vidas.

 

– Faixas de areia, uma pesquisa sobre comportamento.

 

– Diversidades e semelhanças são apresentadas através do estilo e perfil de quem está na praia,  pic-nic,  selfs, banhistas ao  sol, crianças ou  velhos, o não fazer nada e o  esporte, enfim  a praia como espaço livre para ser consumido.

 

Outros interesses que se repetem há anos:

– o vento, por exemplo, como elemento de expressão.

 

“Preciso falar dele, porque me remete oras à força oras à mansidão e para torná-lo físico, preciso compor com formas ou texturas que conduzam às diversas possibilidades de imagem.

Assim este elemento tornou-se uma fonte de interesse, pesquisa e motivação, são composições apresentadas em diversas formas, varais, lavadeiras, tecidos, cores, formas ou texturas. Tornaram-se vertigens.”

 

Separamos também alguns dos trabalhos de Luciana Petrelli para que você possa conferir:

 

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peri gráfica lp 058-2

peri gráfica lp 059-2

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árvores lp 076-2

As fotografias de Luciana Petrelli são obras de arte que nos transportam para outros lugares, inspirando diferentes emoções, além de ser um trabalho incrível que se torna o diferencial em uma decoração.

Gostou de saber um pouco mais sobre Luciana Petrelli? Venha conhecer alguns dos seus  trabalhos que nós temos aqui na Janela Aberta Cortinas!

Endereço: Av. Madre Benvenuta, 1296 – Santa Monica, Florianópolis – SC, 88035-001.

(48) 3233-0052